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Teleférico do Horto é inaugurado e vai fomentar ainda mais o turismo no Cariri.

Com capacidade para transportar até 2.080 pessoas por hora, o Teleférico do Horto, em Juazeiro do Norte, foi inaugurado pelo Governo do Ceará, na tarde desta segunda-feira (28). O equipamento será importante para incrementar mais ainda o turismo na região, principalmente o religioso, já que liga a Praça dos Romeiros à área onde fica a estátua de Padre Cícero, um dos símbolos do Cariri. O investimento foi da ordem de R$ 79,1 milhões.

O município recebe, anualmente, dois milhões de turistas, sendo a estátua de Padre Cícero o ponto mais alto da cidade e o mais procurado por eles. “O Horto é um espaço turístico religioso que recebe milhares de romeiros por ano. A ideia do teleférico é exatamente ser um equipamento que possa atrair turistas, gerar a economia do turismo na região. Esse equipamento é o que há de melhor no Brasil. Não há nenhum desse porte hoje implantado no país. É um equipamento moderno. Aumenta a quantidade de restaurantes, de pousadas. O grande objetivo é desenvolver a economia da região e gerar mais emprego e oportunidade para as pessoas”, destacou o governador Camilo Santana.

Entre as estações Romeiros (parte inferior) e Horto (superior), os bondinhos percorrerão uma distância de aproximadamente dois quilômetros a uma altura de 200 metros, em um tempo de 7 minutos e 30 segundos. O equipamento completo é composto por 12 torres de sustentação, 26 cabines climatizadas – e mais cinco reservas – com dez lugares. Além do teleférico, a obra envolveu a urbanização do entorno com a instalação de quiosques e estacionamento.

Em clima festivo pela entrega de duas obras importantes (teleférico e Arena Romeirão) para o município, a vice-governadora Izolda Cela, o senador Cid Gomes e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, em igual tom, preferiram reverenciar a cidade, os equipamentos e o personagem mais famoso da história de Juazeiro do Norte. “Viva o Romeirão, viva o Teleférico, viva Juazeiro do Norte e viva Padre Cícero”, disseram.

Mais oportunidades

O comércio que gira entorno da religiosidade na região é ainda mais latente no Horto. Piauiense, mas erradicado em Juazeiro do Norte desde criança, o fotógrafo Noé Ferreira, 57 anos, cresceu aos pés da estátua de Padre Cícero, de onde diariamente tira o sustento da família fazendo fotos de fiéis que visitam o local. “Desde 1989 que trabalho aqui. Minha casa é aquela branca, que está logo ali embaixo”, comentou o fotógrafo, apontando para sua residência, que fica a poucos metros do monumento.

Agora, ele e os mais de 40 colegas de profissão que se revezam no atendimento aos visitantes estão ansiosos com a perspectiva de dias melhores. “Acredito que vai alavancar o turismo. Quando foi citado que esse equipamento viria para cá a gente começou logo a avistar que o negócio ia melhorar, e vai melhorar. Todos estão ansiosos porque vai aumentar os postos (para tirar fotos). Uns vão ficar esperando os carros, outros esperando os bondes do teleférico, outros, o pessoal que vem a pé. É mais uma opção de foto para você”, disse Noé.

O prefeito Glêdson Bezerra reconheceu a importância da obra para atrair ainda mais turista para a cidade, gerando mais oportunidades para os moradores. “Essa obra é importante para Juazeiro do Norte, uma cidade que vive e respira turismo. Vai aumentar o turismo e a geração de emprego e renda”, enfatizou o gestor municipal.

Turismo sustentável

Mesmo com um grande fluxo de pessoas na região, o Governo do Ceará trabalha para que o turismo seja realizado de maneira sustentável, preservando a natureza que cerca o local. Para regulamentar o uso do espaço, o governador Camilo Santana aproveitou a oportunidade para criar a Área de Proteção Ambiental (APA) do Horto do Padre Cícero.

“Esse é um patrimônio de Juazeiro do Norte, do Cariri, dos romeiros e, a partir de hoje, virará uma unidade de conservação estadual para ser protegida”, disse Camilo Santana. Com 800 hectares, a unidade de conservação foi criada após estudo realizado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e pela Universidade Regional do Cariri (Urca), em parceria com o Geopark Araripe.

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