Mulheres vítimas da violência: Ceará registra 27 feminicídios em 2022.
Dia 2 de janeiro de 2022. A data ficou marcada como o primeiro dos 27 feminicídios contabilizados no Ceará neste ano. Naquela noite, na cidade de Groaíras, Evangelina e Edevaldo discutiram dentro de casa. A mulher recebeu diversos golpes, foi hospitalizada, mas não resistiu aos ferimentos. A história de um relacionamento conturbado com desfecho trágico se repete com o passar dos anos e indica que o machismo estrutural se perpetua, sempre fazendo novas vítimas.Enquanto 27 mulheres foram assassinadas no Estado desde janeiro de 2022 até o último dia 25 de dezembro, no ano passado foram 31 registros. Em todos esses casos, não houve política pública que impedisse o crime, mesmo quando vítimas já tinham noticiado agressões anteriores e tinham medidas protetivas.Os crimes classificados nesta tipologia atingem diferentes raças e condição social. Dos 27 casos, oito foram em Fortaleza. Em comum, as ocorrências trazem requintes de crueldade. Elas têm os corpos desfigurados, carregando o simbolismo da mensagem: “se não é minha, não é de mais ninguém”.Abrir menuSEGURANÇAMulheres vítimas da violência: Ceará registra 27 feminicídios em 2022Dos 27 casos, oito foram em Fortaleza. Em comum, as ocorrências trazem requintes de crueldade.Escrito por Emanoela Campelo de Melo, emanoela.campelo@svm.com.br 06:00 – 29 de Dezembro de 2022. Atualizado às 16:01SEGURANÇAfeminicidiosLegenda: Dos 27 feminicídios em 2022 no Ceará, oito foram em FortalezaFoto: Unidade de Arte/DNDia 2 de janeiro de 2022. A data ficou marcada como o primeiro dos 27 feminicídios contabilizados no Ceará neste ano. Naquela noite, na cidade de Groaíras, Evangelina e Edevaldo discutiram dentro de casa. A mulher recebeu diversos golpes, foi hospitalizada, mas não resistiu aos ferimentos. A história de um relacionamento conturbado com desfecho trágico se repete com o passar dos anos e indica que o machismo estrutural se perpetua, sempre fazendo novas vítimas.Enquanto 27 mulheres foram assassinadas no Estado desde janeiro de 2022 até o último dia 25 de dezembro, no ano passado foram 31 registros. Em todos esses casos, não houve política pública que impedisse o crime, mesmo quando vítimas já tinham noticiado agressões anteriores e tinham medidas protetivas.Os crimes classificados nesta tipologia atingem diferentes raças e condição social. Dos 27 casos, oito foram em Fortaleza. Em comum, as ocorrências trazem requintes de crueldade. Elas têm os corpos desfigurados, carregando o simbolismo da mensagem: “se não é minha, não é de mais ninguém”.