Em plano de vacina contra a Covid, Prefeitura cogita usar locais como Centro de Eventos e estádios.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza traça o plano de vacinação contra a Covid na Capital. Segundo a titular da SMS, Joana Maciel, como ainda não há uma data específica, nem se sabe ao certo qual vacina será aplicada em Fortaleza inicialmente, a pasta tem elaborado planejamentos para diversas alternativas. Além disso, como não se sabe se as escolas poderão ser utilizadas como locais para vacinação, a Prefeitura, tem uma estratégia em paralelo na qual cogita o uso de espaços como o Centro de Eventos, o estádio Presidentes Vargas, a Arena Castelão, o Ginásio Paulo Sarasate e o Centro de Formação Olímpica (CFO).
Na manhã desta sexta-feira (11), a secretária, que participa de uma reunião do secretariado municipal na sede da refeitura, reiterou o que o titular da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Dr. Cabeto, informou na quinta-feira, que o setor da saúde tem feito planos de imunização para distintas vacinas contra a Covid.
Isto porque como o Governo do Estado, diante da demora do Governo Federal, tem buscado comprar imunizantes de mais de um laboratório, cada vacina requer um plano específico de aplicação, que considere, dentre outros, o intervalo entre as doses, a forma de transporte e a temperatura ao armazenar.
Joana também disse que o plano municipal, de modo semelhante à campanha de vacinação da influenza, considera a ideia de utilizar as escolas como locais de aplicação da vacina, tão logo elas estejam liberadas no Brasil.
Contudo, se as aulas presenciais já tiverem retornado quando houver autorização para a imunização, isso não será possível. O que demanda, o uso, então dos grandes equipamentos, nos quais há possibilidade de receber um grande público e evitar aglomerações. “Queremos unidades em que se possa vacinar sem aglomerar. Já estamos articulando com o Governo Estadual para que possamos liberar esses locais”, afirma.
No Ceará, o plano estadual tem como referência o uso do possível imunizante da Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, que será produzido no Brasil pela Fiocruz. Mas, o Governo do Estado também tenta comprar outros imunizantes, como o do laboratório chinês Sinovac, reproduzido, em São Paulo, pelo Instituto Butantan.
Os dois imunizantes cogitados ainda estão na fase três dos testes clínicos, na qual a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Aumento de casos entre jovens
A secretária também reiterou que, desde a primeira semana de outubro “voltamos a perceber um aumento do número de casos (de Covid). Um aumento linear, diferente do que aconteceu em abril, que foi um aumento exponencial. É um aumento sustentado, muito mais frequente em jovens, por isso, a demanda por internação não tem sido tão alta como foi em abril e maio”.
Ela reforçou que o número de casos da doença na Capital cresce entre jovens de 20 a 39 anos e disse ainda que a SMS tem monitorado esse aumento, mas, até o momento, ainda não foi constatada a necessidade de ampliar o número de leitos, nem nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nem nos hospitais da rede municipal.